Velocidade baixa,
falta de pontualidade e má conservação dos trens são queixas mais comuns do que
a superlotação entre usuários da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos
(CPTM). Na semana passada, diante da segunda falha de operação no ano, na Linha
7-Rubi, a reportagem ouviu passageiros sobre a qualidade do serviço.
"É péssimo. O estado de
conservação dos trens é muito ruim. Das estações, também. Em Pirituba (zona
norte da capital), a estação só tem um acesso. Um cadeirante, uma pessoa com
deficiência, tem de ser carregada pelos seguranças. A escada fica bloqueada por
eles. E os trens andam muito devagar", diz o estudante Renato Lucas Rúbio,
de 26 anos. "O aumento da tarifa não vem acompanhado de aumento da
qualidade", reclama. A tarifa passou de R$ 3,50 para R$ 3,80 no sábado.
"Eles andam muito devagar. Uso
as Linhas 11 (Coral), 12 (Safira) e 7 (Rubi). A 7 é a pior de todas. Os trens
são muito velhos, não têm ar condicionado e sofremos muito com a lotação no
calor", disse a auxiliar financeira Sheyla de Sousa, de 29 anos, moradora
de Guarulhos que se desloca com frequência para Francisco Morato, na Grande São
Paulo.
Outra queixa comum é o tempo de
espera. "Acho que pode ser que nem seja tão culpa do sistema, porque no
fim do ano teve o incêndio lá na Estação da Luz e pode estar com problemas
ainda. Mas os trens demoram demais. É muito diferente do metrô, que passa um em
seguida do outro. Essa espera atrasa muito a viagem", afirma a estudante
Fernanda Pinheiro Peixoto, de 20 anos.
Melhorias
O governo do Estado comprou, há dois
anos, 65 trens para a CPTM. São composições com ar condicionado e de salão
único (sem separação entre os vagões, como já acontece na Linha 4-Amarela do
Metrô). Segundo o secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos,
Clodoaldo Pelissioni, as primeiras oito composições serão entregues nos
próximos dois meses e todas vão justamente para a Linha 7-Rubi. "Nessa
linha, há ainda 11 trens do que chamamos de frota 1.100. São trens comprados em
1954, que ainda estão operando", afirma.
Há cinco estações em obras na CPTM
atualmente: Jandira, Jardim Silveira, Jardim Belval e Quitaúna, na Linha
8-Diamante, e a Estação Engenheiro Goulart, na Linha 12-Safira, que receberá o
trem da Linha 13-Jade, em obras. Em 2013, havia previsão de intervenções em 24
estações, que envolviam até reconstrução das paradas mais antigas.
"Diante dos recursos que
contávamos e não vamos ter, o que estamos fazendo é rediscutir todas as ações,
definindo quais são as prioridades. Metade das estações da CPTM tem
acessibilidade. O que estamos fazendo é verificando as obras mais necessárias,
que vamos fazer", disse o secretário, que espera terminar as obras já em
andamento e fazer reformas em mais cinco estações.
As informações são
do jornal O Estado de S. Paulo.
UOL – 11/01/2016
Comentário do SINFERP
É incrível. Quem lê o
que diz o secretário fica com a impressão que este governo assumiu a CPTM
ontem, no mês passado. Trens novos.... O povo reclama das estações.
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