São Paulo - Promotores de Justiça de
São Paulo rebelaram-se contra acordos firmados por outros promotores com duas
instituições financeiras, UBS e Citibank, no âmbito do caso Paulo Maluf -
investigação sobre valores que o ex-prefeito de São Paulo (1993-1996)
movimentou secretamente na Suíça e na Ilha de Jersey, segundo o Ministério
Público do Estado.
Por meio desses acordos, celebrados
em fevereiro, os bancos concordaram em pagar o equivalente a US$ 25 milhões ao
Tesouro municipal como indenização pelo fato de ter circulado em contas das
instituições dinheiro atribuído a Maluf que teria sido desviado de obras de sua
gestão, o Túnel Ayrton Senna e a Avenida Água Espraiada (hoje Jornalista
Roberto Marinho), ambas na zona sul.
UBS e Citibank não se envolveram nos desvios, segundo os promotores que
subscrevem os acordos, mas concordaram em recolher aquele montante por terem
sido depositários de valores confiscados de Maluf.
"Por qual razão não constaram (os bancos) como investigados em regular inquérito civil? Se responsabilidade alguma lhes é atribuída, por qual razão firmaram acordo, a nosso ver ilegal, concordando em recompor o erário?". Ainda segundo os promotores, "se foi possível a celebração de acordos com as instituições financeiras, forçoso concluir que estas não figuram ou figuraram, como investigadas, em nenhum procedimento em trâmite".
As transações questionadas foram assinadas pelos promotores Silvio
Antonio Marques, José Carlos Blat, Valter Foletto Santin e Karyna Mori.
Estado de Minas – 08/06/2015
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